Câmara Municipal adere à campanha ‘Maio Amarelo’ com palestra sobre segurança no trânsito

A Câmara Municipal realizou na manhã desta sexta-feira (26) palestra “Segurança no Trânsito – Saber ou não saber, sua escolha faz a diferença”, a respeito de medidas socioeducativas e de conscientização para a promoção de um trânsito mais seguro, em Jacareí.

Cerca de 30 pessoas participaram do evento, organizado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e o Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (DETRAN), que faz parte do movimento Maio Amarelo, campanha internacional que tem por objetivo chamar a atenção da população para os altos índices de acidentes e mortes no trânsito em todo o país.

Durante a palestra, o gerente de Educação para o Trânsito da Prefeitura de Jacareí, Jean José Almeida Araújo apresentou as principais alterações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ocorridas em novembro de 2016, assim como dados estatísticos a respeito do trânsito de Jacareí e medidas práticas que podem ajudar a minimizar riscos e evitar acidentes.

Segundo a Prefeitura, outras ações educativas estão previstas para a próxima semana. Na segunda-feira (30) e terça-feira (31), serão realizadas blitzes educativas em vias estratégicas junto aos motoristas nas avenidas Lucas Nogueira Garcez, Getúlio Vargas, Nove de Julho, Presidente Humberto Alencar Castelo Branco, além das rodovias Nilo Máximo e Geraldo Scavone. Nas rodovias, a secretaria contará com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Estadual.

Campanha – O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

O objetivo é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

A marca que simboliza o movimento, o laço na cor amarela, tem como intenção primeira colocar a necessidade de a sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar comportamento mais seguro e responsável, tendo como premissa a preservação da sua própria vida e a dos demais cidadãos.

Saúde pública – A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.

O problema é mais grave nos países de média e baixa rendas. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares.

Legenda – Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030

Crédito – Campanha Maio Amarelo/Divulgação

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