Comissão de Educação faz ato público contra reorganização da rede estadual

A Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esportes (CECE) da Câmara de Jacareí realiza nesta quarta-feira (28) um ato público contra a reorganização da rede pública estadual de Ensino proposta pelo governo de São Paulo.

A mobilização é feita em conjunto com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e será realizada a partir das 19h, no plenário da Câmara Municipal (Praça dos Três Poderes, 74, Centro), com a participação da presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo.

Segundo a relatora da Comissão, o ato tem como objetivo sensibilizar alunos, pais, professores, diretores e funcionários a respeito da nova organização da rede estadual.

Somos contra a reorganização proposta pelo governo do Estado e iremos lutar pelo não fechamento de escolas e superlotação de salas de aula, contra a separação de prédios das escolas do primeiro ao quinto ano, do sexto ao nono e Ensino Médio”, afirma a vereadora Rose Gaspar (PT). Ainda segundo Rose, a medida do governo estadual “fará com que crianças estudem longe de suas casas, pois haverá remanejamento entre os alunos para que as escolas sejam divididas por ciclos”, explicou.

Além da relatora, a comissão é formada pelos vereadores Rogério Timóteo (PRB) e Paulinho do Esporte (PMDB), respectivamente presidente e membro da CECE.

Ao todo, cerca de seis mil alunos das escolas estaduais João Feliciano, Silva Prado, Amauri Vasques, Olívia Canettieri, Benedita Freire e Bendito Mauro poderão ser atingidos pela medida, caso o projeto de lei do governador Geraldo Alckmin seja aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Argumento – Conforme informações publicadas no site oficial da Secretaria Estadual de Educação, a partir de 2016, a intenção da medida é aumentar o número de escolas divididas por ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Ainda segundo o portal da Educação, através do ciclo único, alunos do Ensino Médio, por exemplo, poderão estudar apenas com estudantes deste segmento. Entre os benefícios da medida estão a redução nos conflitos entre alunos de idades diferentes, além da melhor gestão da unidade, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas voltadas a um único público.

Descontinuidade – No entanto, na opinião do diretor estadual da Apeoesp de Jacareí, professor Roberto Mendes, a proposta rompe a continuidade do processo de aprendizagem do aluno dentro do ambiente escolar.

Quanto mais tempo o aluno passa em sua unidade escolar, mais ele aprende, pois se cria um vínculo com o ambiente, proporcionando o desenvolvimento do processo educativo”, explica Mendes.

Ainda segundo o professor, escolas estaduais que possuem três ciclos – 1º e 2º ciclos (da 1ª a 4ª série e do 5ª ao 8ª ano) do Ensino Fundamental, e o Ensino Médio – atualmente não funcionam em conjunto. “Elas desenvolvem suas atividades em períodos diferentes, com o Ensino Médio na parte da manhã e o Ensino Fundamental no período da tarde”, disse.

Para o diretor, a reorganização proposta demonstra um processo de cortes dos recursos do Estado na Educação. “É mais um exemplo do descaso do governador, uma medida que reduz os investimentos, enxuga a máquina da mesma forma como foi feito em 1995, levando o ensino estadual cada vez mais para a precarização”, disse.

De acordo com Mendes, entre as alternativas propostas, a categoria sugere “a adoção de uma política de investimentos na Educação, com mais recursos para novos equipamentos, melhor infraestrutura, com novas salas de leitura e bibliotecas, além de melhores condições de trabalho e de remuneração para professores e funcionários da rede”, conclui.

Legenda – Ato é um convite aberto à população como forma de mobilização contra a proposta do governador do Estado de reorganização da rede estadual de Ensino

Crédito – Assessoria de Comunicação/CMJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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