Vereadores fazem representação no MP para inquérito em cobrança de asfalto no Pq. Imperial

Os vereadores Edgard Sasaki (PSDC), Edinho Guedes (PR), Fernando da Ótica Original (PSC), Maurício Haka (DEM), Rogério Timóteo (PRB), Valmir do Parque Meia Lua (PSDC) e Ana Lino (PSD) assinaram uma representação que será apresentada ao Ministério Público (MP) para a instauração de inquérito civil que pede o cancelamento da cobrança de pavimentação asfáltica, feita pela empresa Firpavi Construtora e Pavimentação, a proprietários de imóveis em 15 vias públicas do Parque Imperial, região oeste de Jacareí.

O documento, protocolado na sede do MP de Jacareí na tarde desta sexta-feira (24), foi apresentado pelos vereadores a um grupo de cerca de 20 moradores do bairro, que estiveram reunidos na tarde de quinta-feira (23) na Câmara Municipal para tratar da pauta de reivindicações relacionadas à cobrança.

Segundo Edgard, o encontro foi sugerido pelo promotor de Justiça da Cidadania de Jacareí, José Luiz Bednarski, após reunião com representantes dos moradores na sede da promotoria na última segunda-feira (20). “Formulamos a representação em virtude das cobranças serem abusivas e estarem sendo feitas através de boletos emitidos pela Firpavi, com a concordância da administração municipal”, afirmou o vereador.

Na opinião do parlamentar, além da baixa qualidade do asfalto, existe uma discordância nos valores apresentados nos boletos em relação ao preço do metro quadrado e aos juros que estão sendo cobrados, entre outras irregularidades. “Além do descumprimento de cláusulas contratuais acordadas no ato de aquisição dos imóveis, a empresa está fazendo cobrança diferenciada para terrenos com a mesma metragem, sem contar que muitos moradores não estão recebendo a cobrança”, disse Edgard.

A representação faz apontamentos a respeito de dois instrumentos particulares de compromisso de compra de terreno no loteamento Parque Imperial entre os anos de 1993 e 1996, efetuados pela Associação dos Moradores do Tanquinho e pela APEMA – Consultoria e Empreendimentos LTDA. Apesar de distintos, ambos os contratos constavam cláusulas que delimitavam o cumprimento de benfeitorias relacionadas à execução de “galerias de águas pluviais, rede de esgoto, de abastecimento de água e pavimentação asfáltica em todas as ruas”, constam.

Para o promotor, é essencial que os moradores reúnam assinaturas de 41% do total de proprietários de imóveis do bairro para demonstração de representatividade perante a Justiça. “Para que a minoria seja representativa perante a maioria, é preciso que o percentual de adesão à determinada causa ou situação seja superior a 40% do todo”, disse Bednarski.

Ainda segundo o promotor, modelos contratuais que associam diretamente empresas construtoras (no caso) e clientes/moradores possuem, por essência econômica, interesses antagônicos que tendem a prejudicar uma das partes interessadas, no caso, os moradores. “Contratos deste tipo são conflituosos e tendem a interferir de maneira prejudicial nos direitos de quem adquiriu o bem, afastando o Poder Público da necessidade de fiscalização das melhorias propostas assim como das formas de cobrança contratuais”, concluiu Bednarski.

Caso a caso – Durante o encontro, o líder do governo na Câmara, vereador Hernani Barreto (PT), informou que uma reunião entre representantes dos proprietários de imóveis do Parque Imperial, Prefeitura Municipal e a empresa Firpavi será realizada no início da próxima semana para que as reivindicações dos moradores sejam apresentadas.

No Parque Imperial foram executados diferentes programas de pavimentação, por isso é preciso entender a situação de cada morador, caso a caso, porque são contratos distintos”, explicou Hernani.

Legenda – Reunião com vereadores e moradores do Parque Imperial foi sugerida pelo promotor de Justiça da Cidadania de Jacareí, José Luiz Bednarski

Crédito – Assessoria de Comunicação/CMJ

 

 

 

 

 

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